sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Papa manifestou aos jesuítas sua profunda fraternidade espiritual 


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A missa presidida nesta sexta-feira – Festa do Santíssimo Nome de Jesus – pelo Papa Francisco na “Chiesa del Gesù” (Igreja de Jesus), situada no centro histórico de Roma, estava repleta de jesuítas: entre eles, o prepósito geral da Companhia, Pe. Adolfo Nicolás. Sobre como se viveu esta celebração com o Santo Padre a Rádio Vaticano entrevistou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, também ele jesuíta e presente nesta missa:
Pe. Federico Lombardi:- ”A missa foi vivida num clima extremamente sereno, tranqüilo e alegre. Basta pensar que é a Festa do Santíssimo Nome de Jesus, portanto, a festa “titular” da Companhia, que é dedicada, propriamente, ao Nome de Jesus, e foi muito bonito poder vivê-la junto com o Santo Padre, mais ainda nesta ocasião em que poucos dias atrás foi canonizado São Pedro Fabro, que é o primeiro companheiro de Santo Inácio. Eis que então fomos ajudados a reviver justamente a inspiração originária da Companhia de Jesus, a sua dedicação ao apostolado, a um apostolado profundamente motivado pelo amor pessoal a Cristo.”
RV: Quais palavras da homilia mais impressionaram?
Pe. Federico Lombardi:- ”Houve dois temas: o do Nome de Jesus como tal e o da figura de São Pedro Fabro como pessoa de grandes aspirações. O espírito de São Pedro Fabro é o de cultivar verdadeiramente o grandíssimo desejo de fazer conhecer não somente o Nome de Jesus, mas o amor de Deus por todos, mesmo em situações difíceis como aquela em que atuava no tempo da divisão entre os cristãos. Portanto, com um sentido de reconciliação, de doçura: um traço muito característico da personalidade deste Santo, que não fez coisas grandes de um ponto de vista exterior, mas coisas grandíssimas do ponto de vista da atuação espiritual, do agir nos corações, do fazer conhecer o amor de Deus e justamente em força deste amor reconciliar as pessoas divididas.”
RV: O Papa definiu o jesuíta um homem inquieto…
Pe. Federico Lombardi:- ”Certamente. O dinamismo da espiritualidade da Companhia é muito característico: buscar e encontrar o Senhor e a sua vontade, não para parar por aí, mas para continuar a buscá-lo ainda. Uma vez que o Senhor foi encontrado, Ele nos surpreende e nos chama para além do ponto em que chegamos. Eis, esse Deus que é rico de surpresas, do qual o Papa sempre nos fala, é verdadeiramente um conhecimento de Deus que é muito característico de uma espiritualidade dinâmica, de caminho, como o da Companhia de Jesus e também de Pedro Fabro, que era, justamente, um peregrino do serviço do Senhor na Europa de seu tempo.”
RV: Ao término da celebração, o Papa deteve a saudar, um a um, todos os jesuítas presentes, mais de 350:
Pe. Federico Lombardi:- ”Sim. Sabemos que é característico do Papa ter esta atenção e esta paciência de saudar todos, um a um. De fato, encontravam-se muitos coirmãos seus, reunidos nesta belíssima circunstância: quis saudá-los todos de modo a manifestar a sua profunda fraternidade espiritual.”

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